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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Luiz Rei do Baião

No balançar de minha rede para lá e para cá;
E no fundo como repertório uma canção do Gonzagão;
Viajo mesmo sem sair do lugar;
Ouvindo as lindas histórias do sertão.

Amores proibidos, a Asa Branca, o jumento nosso irmão;
Cabras da peste que não temiam nem a lampião;
Karolina com K, cintura fina e inté o sabiá;
Gonzaga com suas músicas fazia seu povo cantar.

O sofrimento pela seca, a luta por um nordeste independente,
A alegria de um povo que não tinha nem um tostão;
A feira de caruaru cantada por todos os repentes;
E a fé no Padim Ciso que movia uma multidão.

O algodão, A vida do Viajante, a ave Maria;
A hora do Adeus, A triste partida;
Músicas que embalavam seu dia a dia;
Ajudaram a compor sua despedida

Humberto Teixeira E Zé Dantas;
Compositores, poetas e companheiros;
Amigos de muitas andanças;
Juntos cantaram o sertão para o mundo inteiro.

O forró pé-de-serra, o xaxado e o baião;
O triângulo, o zabumba e a sanfona;
Atravessaram fronteiras, saíram do sertão;
E o Brasil consagrou Luiz Rei do Baião!